Quando o circo chegou na cidade
A vazia cidade se povoou
Se coloriu de pinturas antes nunca vistas
E sorriu das piadas do palhaço tao divertidas
A cidade que nao tinha crianças, brincou
E se deixou ser infância até o por do sol
Sob a lona, a cidade se transformou
Uma nova cidade. Que cidade. Quem eu sou?
Depois do circo, a cidade nunca voltou
Os adultos agora vestiam cetins com pó de arroz nas bochechas e vermelho no nariz
Nos bares, o respeitável publico brincava de malabares
E na corda bamba eu vi tu te equilibrares
Mas assim como veio, foi
E quando o circo se foi da cidade
Choveram lágrimas em todas a casas
E as máscaras? E as máscaras?
A lona arrastada pelo caminhão
Que todo tempo então cobrira a alegria
Os adultos criancas agarrados as liras
Não circo, não vá. Não.
Mas todo circo tem
Uma cidade pra estar e outra pra abandonar
É a vida de passar e passar
Levando o riso pra quem quiser tentar
Ser palhaço, ser domador, ou rede de equilibrar
E assim de longe se via o colorido
Que no horizonte sumiu
E eu agora ridículo com essa peruca de anil
Somos outros agora. Uma nova cidade. Quem sou?
Cidade em que o circo passou
Deixe um comentário